Material da BEĨ Educação traz conteúdos sobre a dinâmica das cidades e propõe que estudantes desenvolvam ações articulando conhecimentos de diferentes áreas do saber
Você já pensou em como a cidade pode ser uma grande sala de aula? Conhecer a história, a geografia, a economia, a infraestrutura e os serviços da cidade contribui para tornar os jovens protagonistas no meio em que vivem.
Essa questão fica ainda mais relevante ao analisarmos a demografia global. Hoje, mais da metade da população mundial vive em áreas urbanas. A projeção de especialistas é que, em 2050, essa proporção chegue a dois terços. No Brasil, os números são ainda mais relevantes: 85% dos brasileiros moram em cidades – em 1960 eram 45%.
Aprendizado na cidade
A possibilidade de tornar a cidade uma sala de aula permeia a coleção Aprendendo a Viver na Cidade, da BEĨ Educação. O material propõe discutir com os estudantes como fazer parte de um mundo cada dia mais urbanizado. Entender de fato o que é uma cidade, como se faz a cidade e quem faz a cidade estimula o raciocínio crítico para a formação de cidadãos conscientes e participativos.
“É um conteúdo potente para provocar discussão nas escolas”, diz Eloisa Ponzio, consultora pedagógica da BEĨ Educação. “Hoje, as pessoas estão afastadas do espaço público e se fecham em condomínios e outros locais privados, e a cidade está precisando desses espaços”, prossegue a especialista. “Nas periferias, por exemplo, faltam parques, quadras e ambientes de lazer”, complementa.
Programa interdisciplinar
A coleção trabalha, de maneira interdisciplinar, conteúdos de história, geografia, meio ambiente, economia, direito, entre outros componentes curriculares.
A abordagem de história da cidade, por exemplo, permite ao estudante entender o processo de formação das cidades e como elas chegaram até a situação atual. Com isso, os jovens são estimulados a refletir qual o ponto em que o meio onde vivem se encontra e para onde ele pode ir.
Outro aspecto estudado é a economia da cidade. Do que vive a cidade? Quais as oportunidades que ela oferece? A partir dessas questões, o jovem é convidado a se inserir no contexto em que vive, identificando caminhos para sua própria jornada.
Moradia e mobilidade, duas questões muito importantes, especialmente nas cidades maiores, também fazem parte do programa. Como as pessoas se movem pela cidade? Quais os problemas de mobilidade da cidade? Quais as soluções possíveis? Como levar essas soluções a quem possa implementá-las?
Aprendizagem por projetos
A coleção adota a metodologia da aprendizagem por projetos. A ideia é que os jovens possam propor projetos de ação efetiva para solucionar questões urbanas de seu entorno. Com isso, colocam em prática os conteúdos discutidos e obtêm uma aprendizagem mais real e significativa.
Por exemplo, os alunos observam próximo de sua casa ou da escola um espaço que chamou a sua atenção e que merece cuidado – uma praça ou uma quadra abandonada, um local sem coleta seletiva de lixo ou sem linhas de ônibus suficientes. A partir desse olhar sobre os problemas do espaço urbano da sua localidade, a ideia é que eles trabalhem em grupos e, com a mediação dos professores, desenvolvam projetos para resolver algumas dessas questões.
As propostas podem envolver ações diversas – como organizar campanhas, mutirões, abaixo-assinados e elaborar estudos para levar à subprefeitura, justificando a necessidade de ação – e permitem trabalhar conteúdos interdisciplinares.
O modo de trabalhar também pode ser diferente de acordo com as características de cada escola. Elas podem definir um projeto e a contribuição que cada área do conhecimento vai dar ou deixar os alunos buscarem, nos diferentes componentes curriculares, os elementos que precisam para trabalhar no projeto.
“Ao desenvolver esse programa, nossa intenção é que ele contribua para formar jovens cidadãos, engajados e participantes da transformação dos nossos centros urbanos, produzindo cidades com mais qualidade de vida, com mais inclusão, mais diversidade e, principalmente, com mais geração de oportunidades para todos”, afirma Tomas Alvim, sócio da BEĨ Educação e um dos autores do material.
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